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Dia Zero: África do Sul, México e outras grandes nações podem ficar sem água até 2025.


Abrir uma torneira para ter acesso a água potável pode parecer comum e banal para muitos de nós, mas pode se tornar algo cada vez mais raro. Grandes metrópoles ao redor do mundo já sofrem com a falta de água.

O Day Zero, ou Dia Zero, é uma expressão criada para determinar o dia em que não haverá mais água potável nos encanamentos da Cidade do Cabo, na África do Sul, que passa pela maior crise hídrica da Era Moderna. Os turistas que chegam até a cidade já são avisados, através de comunicações espalhadas pelos aeroportos, a necessidade de se economizar água durante sua estadia. Nos hotéis, baldes são entregues aos hóspedes para que estes possam coletar água durante seus banhos, que não podem passar de 90 segundos. O consumo diário dos capetonians é de 50 litros e, ao exceder essa quantia, a água é cortada. Existem também praças públicas para que os cidadãos possam encher galões e baldes com mais 25 litros adicionais do líquido. Segundo a prefeitura de Cidade do Cabo, não há mais indícios de que o Dia Zero irá acontecer. Previsto para 2018, o fenômeno foi adiado pelos próximos 2 anos. Mas isso não deixa a situação menos crítica na cidade africana. Nem em outros lugares.

O México é hoje o maior consumidor mundial de água engarrafada. A Cidade do México, construída para ser a “Veneza das Américas”, hoje sofre a seca. Como coleta água do aquífero localizado abaixo da cidade, e o concreto impede que a chuva reponha o estoque subterrâneo, a metrópole afunda 20 centímetros por ano. Além disso, 90% do esgoto retorna para os rios e mananciais, contaminando a escassa água que o povo mexicano tem a seu dispor. O mesmo acontece em São Paulo. Sem planejamento prévio durante a construção de sua rede de esgotos, os dejetos sujam os abastecimentos de água e colocam as diversas famílias que vivem ao redor das represas em risco de vida. Poluindo suas próprias águas, o reservatório mais próximo da capital só consegue atender 15% da população.

Essas três metrópoles, cidades importantes e economicamente fundamentais, são só o exemplo de um panorama preocupante. No planeta Terra, 3 em cada 10 pessoas não tem acesso a uma fonte segura de água potável. Isso equivale a 2,1 bilhões de pessoas. 1,7 milhões de pessoas morrem anualmente de doenças diarreicas, e 90% são menores de 5 anos. A água fica mais cara a cada ano, e a discrepância do consumo entre os países desenvolvidos é assustador. Enquanto nos Estados Unidos um cidadão americano consome uma média de 540 litros de água, em países como Moçambique esse número cai para 15 litros.

Esta realidade nada esperançosa aguarda um futuro ainda mais triste: as previsões são que até 2025 grande parte dos centros urbanos e cidades rurais sofram com a falta d’água. Na Cidade do México a população já aguarda o momento onde a crise hídrica se tornará insustentável. Mais do que nunca, se faz necessário que nos atentemos ao desperdício diário da água e estudemos maneiras eficazes de tratar e reaproveitar nosso esgoto.

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